Nunca Foi Tão Fácil Estar Na Moda! Democratização E Diversificação De Estilos

Nunca foi tão fácil estar na moda! Democratização e diversificação de estilos

Christian Dior, o estilista francês que criou uma das marcas mais famosas da moda mundial, costumava dizer que não é o dinheiro que faz a pessoa ser bem vestida. “É o discernimento”, defendia. A citação tem décadas mas está cada vez mais atual. Afinal, se houve um tempo em que “estar na moda” era um desígnio reservado a um punhado de endinheirados que podiam correr mundo e seguir tendências, hoje o conceito é de alcance global. Todos, ricos e pobres, aprumados e alternativos, podem, no fim de contas, estar na moda. Assim defende quem conhece a área de ginjeira.

“Hoje não existe uma moda, uma tendência. Há lugar para a diferença. A moda é muito diversificada, diferente e abrangente. Existe uma democratização de estilos”, aponta a estilista Fátima Lopes. A subjetividade impera. Ainda mais porque as modas, já sabemos, se reciclam com o tempo. “Mesmo as coisas que há alguns anos achávamos que não se usariam voltam a usar-se. As modas são cíclicas.”

A democratização é tal que, admite a estilista, começa-se a entrar em terrenos algo… inesperados. “Chegamos ao cúmulo de haver tendências de peças muito feias. Hoje, deparamo-nos com o culto do feio, do deselegante. Há marcas que parece que procuram isso. As misturas de padrões opostos, por exemplo. Parece que quanto mais estranho ficar, mais o objetivo foi conseguido. Por isso digo que não há nada que se possa dizer que não está na moda. Tudo é permitido. Como há tanta diversidade, cada um se identifica com o que gosta mais.”

Nesta abertura ao diverso, ao diferente, ao inclusivo, os influenciadores digitais também têm uma palavra a dizer. Longe das tendências ditadas pelas capitais da moda, estas estrelas cibernéticas, que reúnem milhões de seguidores, têm um alcance tal que conseguem, elas próprias, ditar tendências. A moda de hoje é, por isso, uma amálgama de estilos que podem ser repescados à vontade do freguês.

Celeste Reis, formada em Sociologia e Design de Moda e com mais de 15 anos de experiência nesta indústria, também põe a tónica na democratização. “Atualmente não há um só código. Há códigos. De há uns tempos para cá a moda deixou de ser ditadora e tornou-se mais democrática. Quase que é difícil de acompanhar.” Lembrando uma frase do poeta francês Jean Cocteau (“a moda morre jovem, o que é comovente”), Celeste Reis refere “um patchwork de estilos e tendências” e um “fascínio pelo novo e pelo ideal, seja ele qual for”.

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